O querer não cessa. Estamos sempre direcionando nossa energia e força para algum objetivo ou objeto de desejo. Impulsionador do pensar, falar e agir, o querer tem camadas de profundidade e movimenta quem somos. Por vezes é superficial, como uma expressão apenas do corpo físico para atender às necessidades básicas. Outras vezes, movimenta camadas mais profundas para atender além das necessidades materiais. O que queremos? Será que o nosso querer vibra numa sintonia que beneficia o todo?
Textos desta edição:
- Circular em sintonia
- Solar
- Florestas improváveis
LER NA ÍNTEGRA
Ora ele parece curto, ora comprido. Mas nunca encolhe nem estica. O tempo fica parado, e somos nós que nos movemos. O tempo das obrigações nos pressiona do lado de fora, enquanto por dentro funcionamos em outro ritmo. A maturação interior precisa dos mergulhos na concretude do presente, mergulhos na textura da folha e nos cheiros da terra, mergulhos no tocar e ser tocado pela vida. Amarrados em burocracias e dificuldades – a maioria delas arquitetadas por nossas escolhas anteriores –, sentimos o tempo acorrentado. A densidade de tudo o que nos cerca torna o experimentar menos fluido e mais pesado.